segunda-feira, 28 de novembro de 2011

VOSES

Jogar ao vento
um movimento.
ao relento.
como doce alento
ao meu sentimento,
de quem não tem
razão.
Perdido no tempo
do meu coração.

A ESTRELA E O MAR

Navegando a deriva
vendo uma estrela solteira.
Como uma luz cativa
de uma noite sem luar.
Vejo a estrela do mar
refletida no céu
da vida.
na solidão de cultuar
no calor do amor.

A PALAVRA DO PENSAR

A palavra
pode transmitir
felicidade,
ódio,
ou ate tristeza.
Que quando pronunciadas
da forma correta,
nos trazem paz,
tanquilidade,
amor.

PARA SEMPRE

Para sempre serei eu
seguindo os passos
do caminho,
procurando o meu ninho,
que meu canto sera.
Nas horas mais dificeis
ódoi,
terror,
dor.
Quando me procuras
ja sabe onde me achar.

VIDA

A vida é uma história,
palavras de vitoria.
Que quando falados
nos dão tranquilidade,
e liberdade de imaginar
que o amanhã
sempre irá mudar,
e o amanhecer
nos deixara sonhar.


Minha Melhor Amiga a Calopsita

Sempre sonhei com uma amiguinha
uma calopsita que se chamase Chispita

No dia do meu aniversário
não parei para pensar
no que iria ganhar,
se o meu sonho ia se realisar.

Quando meu pai me falou que
iriamos escolher uma calopsita para ficar,
estava tão ansiosa que
não via a hora dfo papai chegar.

Quando fomos ao lugar
foi amor a primeira vista.

Ficamos muito tempo jontas,
ela já se foi,
mas ainda ouço ela piar.

CHICO CHICOTE

O Chico era muito brincalhão
ele dava cambalhotas de montão.
Ele pulava e cantava na moral,
ta sempre do meu lado
esse cachorro é animal!

Quando alguem chegava perto
dava bola o tempo,
ele latia e brincava
sem nenhum esforço

Quando vejo um cachorro
me lembro dele
Dentro do carro
colocava a lingua para foa
me lambia e transpirava.
E luminoso a estrada
continuava.

CHAMA ACESA

O fogo é um imferno
terror, calor, morte.
É uma bomba
que deixa cinzas em seu caminho.
É um vulcão que espslha fumaça
deichando a novela sem gaça.

O fogo e uma solidão
deixa perda e abandono.

O acidente que deixa a milher
com agitação e sem emoção.

Se o centro da Terra explodisse
o que seria da gente?
O galho cairia,
o mato pegaria fogo,
e o chosrasconão teria sabor.

O amor eo fogo,
que as veses se apaga
 mas se acende de novo.

Os animais morreriam
as plantas se derreteriam.

A vela se acenderia
 e a esperança se perderia.

NOITE ESCURA

A noite e um misterio,
ela e preta e sombria
chei de assombração,
curupiri,
mula-sem-cabeça,
e ate lobisomem.

A noite da medo
ela não se vê,
ela não se toca.
Mas quando esta quebrada
se tranforma
alegria,
sentimentos,
emoções,
que so sao quardadas
dentro de seus corações.

BALLET

Em um dia ensaiando,
com a minha professora
vi que teriamos numa tarde
 um festival para dançar.

Fui ficando preocupada ,
pois o ritimo da musica
era lenta para umas,
mas bem rapida para outras.

Foi dificil alcançar a minha meta,
que era ganhar muitos aplausos,
por uma dança bem completa.

No dia do festival
eu fiquei muito bonita,
minha saia e sapatilhas
eram muito coloridas.

Bem no mei do palco
eu agora estava a rodar.
Toda linda e deslunbrante.
Dançava sem parar,
e só de sorrisos
era o meu olhar.

domingo, 6 de novembro de 2011

Viagem ao Centro da Terra de Walcyr Carrasco

(1ºparte) Essa história que vou te contar é de arrepiar os cabelos, mas é tambem uma historia de aventura e muito romance.
 Eu(Axel), estava em casa com Marthe(a empregada) e estávamos esperando o prof. Lindenbrock chegar em casa para ela começar a fazer o almoço.Estávamos com fome e preocupados com a sua demora, pois era muito pontual que se atrasássemos um segundo na mesa ele nos xingava a gente.
 Quando o professor chegou Marthe saiu correndo para começar a fazer o almoço, ele tinha chegado com um livro na mão, imaginei o por que da demora.Não deu tempo de fugir, pois quando ele traz um livro, me chama, e fica horas me contando sobre ele.Além do mais ele não era um dos melhores em paciência e gentileza, e era louco por cristais e pedras preciosas, e eu o ajudava a linpar algumas da centenas dele,ele era cientista de alto nìvel.Outra caracteristica do professor Lindenbronk era ser maniaco por livros, entre tanto so dava valor para a queles velhos e antigos.
 Ele me disse que o livro emcontrado na livraria era inestinavel, magnifico, adimiravel. meu tio falava sem parar sobre ele, e comecei a mi interesar nele tambem:
- Qua e o título, mal me pergunte?:
- Trata-se de Heims-Kringla.Procurei mostrar interese:
- É uma tradução em alemão?Ele se irritou e disse:
- Minha nossa trata-se de um manuescrito rnico!Afirmou raivoso por minha pergunta.:
- O que é uma escrita rúnica?
 Só faltava explodir de tanta raiva que estava, e minha pergunta só terminou o servisso.:
-  Não irei te explicar desta vez, você já deveria saber disso a muito tempo!Exclamou.
 Más comsegui fazer ele valar e me explicou direitinho:
- As rúnicas eram caracteres de secrita utilizados na Islândia ha muito tempo.
Ao terminar de falr, um pergamnho escorregou de sua mão e caiu no chão. Meu tio pulou sobre o documento e o colocou sobre a mesa.:
- É escrita runica, sem duvida são de Snorre Turleson.
 Estava tão ancioso para decifrar o papel que sua mão começou a tremer.:
-Más e ilandes arcaico!Murmurava.
 O professor era poliglota, quer dizer que fala muitas linguas diferentes, mas não entendia o que estava escrito no pergaminho.E assim pasaramse horas e Marta bateu ma porta avisando que o almoço estava pronto, mas o professor nem se mecheu de tão concentrado que estava em decifrar o pergaminho.
 Ele pediu que eu almoçase para dois, pois não tinha tempo para comer. E então lá fui eu comer para dois. A messa estava lotada de coisas gostosa e aproveitei ao mássimo aquela oportunidade, tinha sopa de salsa, omelete de presunto, lombo de porco com geleia de ameixa e camarões em molho adocicado.Ummm! Delicia.Logo que acabei voltei ao escritório.
 Após chegar no escritório me pediu para me sentar eescrever o ele pronunciase, letra por letra.Emquanto que descobrise o còdogo não sairia dali.
 Depois disso examinou o que tinha escrto se perguntou:
- O que siguinifica???????????????????Tratase de um criptograma um mensagem em que esta en sentido contrario, no qua suas letras são embaralhadas
 Não conseguiu entender o queestava escrito, pios agora não sabia de quem era para ter uma referenci na escrita.Então pegou sou lupa e procuro uma assinatura de alguem, e emtao achu uma mancha e ...:
- Arne Saknussemm!!!.Exclamou triunfante.
 Era um sabio do séc.XVI, um célebro alquimista islândes.
 Mas não entendi dereito o porque de uma pessoa assim esconder sua descoberta?Depois disso ele disse uma coisa desagradavel:
- vou decifrar esse documento coste o que custar, não vou comert nem dormir até conseguir!
 Fiquei assustado pois isso poderia prejudicar sua saúde e ate o causar a morte.Nem você Axel,talvez tenha que me ajudar em alguma coisa.Nessa hora me assustei de verdada.:
- Bom .Disse ele:
- O primeiro passo é identificar a ligua ,deve ser facíl.
 Fez calculo e calculos e deu que são sesenta e nove consoante e ciquenta e tre vogais.creio que é em latin.:
- Temos aqui uma serie de cento e duas letras.depoi de v´rios erros e acertos e descobri que se achase a chave do enigima acharia o sentido do texto.
 Eu tinha medo de que passasemos muito tempo aqui tentando descobrir e não conseguisemos, por falta de agua, comida e noites não dormdas, pois estava com medo de perderGrauben, que era o amor da minha vida. Passacamos longas horas conversando e brincandoum com o outro, sem ela eu não seria nada. então o meu to resolveu fazer uma ipotesi:
- Axel, bote uma frase qualquer no canto do papel .Más em vez de colocar as letras umas após as outrs, coloque-as susesivamente em colunas verticais, de modo a fazer grupos de cimco uo seis.
 E foi o que fiz.:
- Muito bem parece o pergaminho.
 E depois de analisar chegou a uma conclusao:
- Para entender opergaminho e presiso que eu tome susesivamentea prmeira letra de cada palavra de pois a segunda e assim a diante.AAAAAAAAAAA.
 E então fez issocom o pergaminho e entendeu tudo.
 Derrepente meu tiu empurrou a messa e saiu correndo para fora de csa levando o pergaminho com ele.
 Marthe e eu ficamos só olhando o que ele iria fazer, más tambem achamos super estranho esse gesto rápido, e ele nem nos falou nada, nem aonde ia nem quanto tempo iria ficar fora.Nós ficamos super preocupados por causa que o professor tinha deixado bem claro que ninguem iria comer e nem dormir ate que descobrise o codigo daquele pergaminho.
 Eu fique sozinho, pois com Marthe na cosinha e meu tio fora não sabia o que razer,foi então que resolvi arrumar as suas pedra e diamantes.Limpei tudo.Fiquei pensando um tempão pensando se deveria ou naõi tenta decifrar o pergaminho,foi emtam que decidi que SIM.
 Entam pequei um papel e um lapiz e comecei a escrever o que entendia. Quebrei minha cuca e estorei meus miolos fazerndo aquilo era de enlouquecer qualquer um ,tentei de várias maneiras, fiquei observando o papel por um tempão.
 Tive um clarãono meu cerebro. ERA POSIVEL LER A MENSAGEM DO PERGAMINHO!!!
 Demorei um tempo para me acalmar, bote i dedo sobre as palavras e comecei a ler. Emtrei em choque quendo terminei de ler AQUILO, um homem tivera coragem de ir ate o...
 Meu tio não pederia saber disso se não iria logo querer ir neste local e eu teria que ir com ele. Devo queimar o pergaminho antes que ele chege para não desvendar o código. Más não deu tempo. Quando ia queimar meu tio chego.Bem agora?
 Mal deu tempo de colocar na mesa, que ele estava no escritorio.
 Caiu a noite e meu tio continuava tentando a decifra o pergaminho e estava ficando preocupado com a saude dele, pois nem comia nem bebia a muito tempo e fiquei em duvida se falaria ou não o segredo do pergaminho. Eu conheso meu tio, se falase para ele o que estava escrito no pergaminho ele iria pra la e me levafia junto mas eu não estiu nem um pouco afim de arriscar minha vida por um fato ciemtifico.
 quando Marthe tentou sair de casa persebeu que a porta estava tranquada,então estavamos literalmente sem comida.Ele estava nos mantendo de jejum?
 Temtei me suportar pela fome mas não consegui:
- Tio!Ele nem olhou.
- Tio Lindenbrock?
- O que ?
- E sobre a chave.
- A chave?A da porta?
- Não a do enigma.
 Ele olhou fixsamente para mim.
- Descobri por acaso
- O que?Sem misterio. Conte.
- Se voce for comecar a ler do inicio não vai entender nada, mas se comecar do fim vai entender.
 E meu tio logo entendeu e leu o código
 Deça até a cratera de Yocul de Ssneffels e chegará oa centro da tarra.
 Meu tio deu um salto:
- Axel vamos jantar e depois arrume minha mala e sua mala porque vamos viajar!!!
 Eu não falei!
 Depois de jantado comecei a ter calafrio,pensei que numca mais veria Grauben, Marthe e meus amigos e parentes.
Tentei falar para meu tio não fazer essa viagem pois era muito ariscada, o vulcão poderia emtrar em erupção, eles poderiam se perder entre outras coisas terríveis:
- Meu sobrinho, nada me tira do caminho agora, só pense no lucro que daria quando voltarmos de lá?
- Mas nósso corpo não resiste a presão que atinge o centro da terra.E o seu calor?
- Voce esta preocupado com isso?Que bobeira!Axel será uma bela viagem.
 Chamei Grauben para vir me visitar enquanto não iamos viajar para a Islândia.:
-Vai ficar tudo bem!Tenho certeza que seu tiu sabe o que esta fazendo.
- Nãotenho tanta certeza assim. Acho que ele esta ficando viciado nisso, E e tudo é culpa minha. Se eu tivese ficado calado isso tudo não teria acontecido.Que RAIVA que eu estou de mim mesmo.
 No pergaminho estava escrito que só em julho estava lonje, dava tempo de eu aproveitar um pouquinhi.
 Passaram-se dias e mais dias e quando chegou a noite anterior nem consegui dormir de tanto medo que estava da viajem.Más já o meu tio estava tão ancioso para a viagem que não conseguiu dormir,e passou a noite em claro arrumando e planejando as coisa para o dia seguinte.
 No dia seguinte meu tio contratou um guia para nos levar oa centro da terra e ele falava em latin e isso era bem facil para o professor.
 Partimos.
 Foi orrivel saber que ue iriamos viajar e não voltar numca mais.
 Quando chegamos o presidente nos recebeu com o maior carinho e nos mostrou a cidade inteira.Nos ospedou em um hotel de luxo(vamos dizer que era de luxo para a cidade) e nos encaminhou para um cara que sabia chegar no vulcão aonde iriamos.E emtão foi assim. Mas para me acustumar com alturas(eu tinha medo de altura) meu tio me levou em um predio super alto e me fez subir ate o topo todos os dia ate que me acostumase com altura.
 Na manhã seguinte acordamos cedo pegamos os cavalos e fomos andando.No caminho emcontramos com uma paisagem com que nuca tinhamos visto antes,cheia de neve e vilarejos com várias casinhas. E paramos em uma delas cuja tinha um marido uma esposa e 11 fillhos.Que orror.Dormimos e acordamos e logo saimos daquela casa.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ana Maria Machado

Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos. São 40 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 18 países somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao longo da carreira de escritora também são muitos, tantos que ela já perdeu a conta. Tudo impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de dezembro.

Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de Arte Moderna e fez exposições individuais e coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na Universidade Federal (depois de desistir do curso de Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as palavras, apesar de continuar pintando até hoje.

Afastada profissionalmente da pintura, Ana passou a trabalhar como professora em colégios e faculdades, escreveu artigos para revistas e traduziu textos. Já tinha começado a ditadura, e ela resistia participando de reuniões e manifestações. No final do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana deixou o Brasil e partiu para o exílio. A situação política se mostrou insustentável.
Na bagagem para a Europa, levava cópias de algumas histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista Recreio. Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres, além de se tornar professora na Sorbonne. Nesse período, ela consegue participar de um seleto grupo de estudantes cujo mestre era Roland Barthes, e termina sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia sob a sua orientação. A tese resultou no livro "Recado do Nome", que trata da obra de Guimarães Rosa. Mesmo ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a Editora Abril.

A volta ao Brasil veio no final de 1972, quando começou a trabalhar no Jornal do Brasil e na Rádio JB - ela foi chefe do setor de Radiojornalismo dessa rádio durante sete anos. Em 76, as histórias antes publicadas em revstas passaram a sair em livros. E Ana ganhou o prêmio João de Barro por ter escrito o livro "História Meio ao Contrário", em 1977. O sucesso foi imenso, gerando muitos livros e prêmios em seguida. Dois anos depois, ela abriu a Livraria Malasartes com a idéia de ser um espaço para as crianças poderem ler e encontrar bons livros.

O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, para que a partir de então Ana pudesse se dedicar ao que mais gosta: escrever seus livros, tantos os voltados para adultos como os infantis. E assim foi feito, e com tamanho sucesso que em 1993 ela se tornou hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Finalmente, a coroação. Em 2000, Ana ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil mundial. E em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe deu o maior prêmio literário nacional, o Machado de Assis, pelo conjunto da obra.

Em 2003, Ana Maria foi eleita para ocupar a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, substituindo o Dr. Evandro Lins e Silva. Pela primeira vez, um autor com uma obra significativa para o público infantil havia sido escolhido para a Academia. A posse aconteceu no dia 29 de agosto de 2003, quando Ana foi recebida pelo acadêmico Tarcísio Padilha e fez uma linda e afetuosa homenagem ao seu antecessor.

Diana Stuart

Olivia Sumner (Jane Toombs), nascido na Califórnia, cresceu em Upper Peninsula de Michigan, voltou "home" para viver na Península bela Superior na margem do Lago Superior - com o Viking de seu passado. Jane tem cinco filhos, dois enteados, sete netos, um gato de chita chamado Kinko e dois computadores.
Ela é autora de mais de setenta livros publicados, tanto em papel como eletrônicos. Estes incluem os gêneros romance de diversos - gótico, suspense, contemporâneo, histórico, Regency e paranormais - assim como outros gêneros, como fantasia, mistério e horror. Jane tem usado pseudônimos - Ellen Jamison, Diana Stuart, Olivia Sumner -, mas agora está escrevendo sob seu próprio nome, exceto por ela Zebra / Pinnacle romances para o qual ela usa Jane Anderson. Pseudonym / s : Jane Anderson, Ellen Jamison, Diana Stuart, Jane Toombs 

Lygia Bojunga

BIO-BIBLIOGRAFIA
LYGIA BOJUNGA
Escritora brasileira, escreveu inicialmente os seus livros sob o nome Lygia Bojunga Nunes. Nasceu em Pelotas no dia 26 de agosto de 1932 e cresceu numa fazenda. Aos oito anos de idade foi para o Rio de Janeiro onde em 1951 se tornou atriz numa companhia de teatro que viajava pelo interior do Brasil. A predominância do analfabetismo que presenciou nessas viagens levou-a a fundar uma escola para crianças pobres do interior, que dirigiu durante cinco anos. Trabalhou durante muito tempo para o rádio e a televisão, antes de debutar como escritora de livros infantis em 1972.
Num continente que se tornou conhecido por seu realismo mágico e contos fantásticos, a literatura infantil brasileira caracteriza-se por uma acentuada transgressão dos limites entre a fantasia e a realidade. Lygia Bojunga é uma escritora que perpetuou esta tradição e a tornou perfeita. Para ela, o quotidiano está repleto de magia: onde brotam os desejos tão pesados que literalmente não é possível erguê-los, onde alfinetes e guarda-chuvas conversam tão obviamente como os peões e as bolas, onde animais vivem vidas tão variadas e vulneráveis como as pessoas. Imperceptivelmente, o concreto da realidade transforma-se noutra coisa, não num outro mundo, mas num mundo dentro do mundo dos sentidos, onde a linha entre o possível é tão difusa como fácil de ultrapassar. A tristeza vive com Bojunga juntamente com o conforto, a calma alegria com a estonteante aventura e no centro da fantasia da escrita está a criança, muitas vezes sozinha e abandonada, sempre sensível, sempre cheia de fantasias. A morte não é tabu, a desilusão também não, mas além da próxima esquina, espera a cura. Numa prosa lírica e marcante, pinta as suas imagens e não importa se a solidão é muito amarga, há sempre um sorriso que expressa uma compaixão com os mais pequenos, que nunca se torna sentimental.
Os textos de Bojunga baseiam-se fortemente na perspectiva da criança. Ela observa o mundo através dos olhos brincalhões da criança. Aqui é tudo possível: os seus personagens podem fantasiar um cavalo no qual cavalgam a galope ou desenhar uma porta numa parede, que atravessam no momento seguinte. As fantasias servem geralmente para ultrapassar experiências pessoais difíceis: quando a personagem principal em Corda Bamba, 1979 usa uma corda para entrar em uma casa estranha com muitas portas fechadas, do outro lado da rua, é na prática uma forma de curar a tristeza depois de ter perdido os seus pais numa morte inesperada. Em A Casa da Madrinha, 1987 percebemos depressa que as experiências fantásticas de Alexandre durante a sua busca pela casa longínqua de sua madrinha são na realidade a concretização das fantasias de felicidade e amparo de um menino da rua abandonado. É uma história que se aproxima do conto de Astrid Lindgren Sunnanäng. A fantasia psicológica de Bojunga emerge novamente nos contos com animais: quando o tatuzinho Vítor em O Sofá Estampado, 1980 se sente nervoso, começa a tossir e arranhar o sofá – até entrar um momento mais tarde nos seus tempos de infância.
O realismo mágico e perspicácia psicológica reúnem-se a uma paixão pelo social e pela democracia. Bojunga, que começou a escrever quando ainda dominava a ditadura no Brasil, dirigia atividades subversivas. Isto torna-se mais fácil em literatura infantil porque – nas palavras de Bojunga – os generais não lêem livros destinados às crianças. Nestes livros, encontram-se galos de briga com o cérebro costurado com arame e pavões com filtros de pensamento que se removem com um saca-rolhas. Os ventos da liberdade são fortes nos livros de Bojunga, onde a crítica contra a falta de igualdade entre os sexos é um tema recorrente. Mas Bojunga nunca dá sermões, o sério é sempre equilibrado pela brincadeira e o humor
absurdo. Os sonhos inflados de Raquel em A Bolsa Amarela, 1976, são literalmente perfurados por um alfinete, e transformados em pipas de papel que voam para bem distante à mercê dos ventos.

RuthRocha

Escritora paulista (2/3/1931-). Uma das maiores escritoras de literatura infantil do país, com 130 livros publicados e 10 milhões de exemplares vendidos, sendo 2 milhões no exterior. Ruth Machado Louzada Rocha nasce na capital paulista em uma família de classe média, forma-se na Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 1953 e começa a trabalhar como orientadora educacional no Colégio Rio Branco.
Em 1965 escreve artigos sobre educação para a revista Claudia. Dois anos depois assume a orientação pedagógica da revista Recreio, na qual publica seu primeiro conto, Romeu e Julieta, em 1969. Deixa a Editora Abril no mesmo ano e inicia prolífera produção literária, inspirada na filha, Mariana. Marcelo, Marmelo, Martelo (1976) vende 1 milhão de exemplares.
Ruth Rocha De 1973 a 1981, volta a dirigir publicações infantis da Editora Abril, participa das coleções Conte um Conto, Beija-Flor e Histórias de Recreio e lança O Reizinho Mandão (1978). Em 1989 é escolhida pela ONU (Organização das Nações Unidas) para assinar a versão infantil da Declaração Universal dos Direitos Humanos, intitulada Iguais e Livres, publicada em nove línguas.
 Em 1990 assina a declaração da ONU sobre ecologia para crianças, Azul e Lindo - Planeta Terra, Nossa Casa. Em 1995 lança o Dicionário Ruth Rocha. É autora da série didática Escrever e Criar... É Só Começar, prêmio Jabuti de melhor obra didática em 1997. Em 1999 finaliza a versão infanto-juvenil de Odisséia, de Homero.